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Edital do BNDES Usa R$ 10 Mi Para Fortalecer Brigadas Indígenas e Sistemas Agroflorestais

Brasil 10/10/2025

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu um passo significativo em sua agenda de sustentabilidade ao lançar mais uma chamada de projetos da iniciativa Floresta Viva. Desta vez, o foco está na restauração florestal em terras indígenas dos estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão, com a disponibilização de até R$ 10 milhões não reembolsáveis.


A iniciativa é um exemplo de parceria estratégica entre o setor público e o privado. O edital conta com o aporte financeiro do BNDES (50% dos recursos) e o apoio estratégico da Fundação Bunge (40%) e da Agrícola Alvorada S.A. (10%). O objetivo é duplo: conservação ambiental e desenvolvimento de práticas produtivas sustentáveis.



Estratégia no Arco da Restauração e Combate a Incêndios


O edital visa apoiar projetos em 61 terras indígenas localizadas em uma zona de transição crucial entre os biomas Amazônia e Cerrado. A escolha desses locais está diretamente ligada à estratégia do governo federal de prevenir e combater incêndios.


Os estados selecionados concentram cerca de 50% do efetivo nacional das brigadas indígenas de prevenção e combate a incêndios florestais.


O projeto contribui diretamente para o Arco da Restauração, uma iniciativa do BNDES e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) que busca criar um cinturão verde de proteção na Amazônia.


O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou a importância dessa zona de transição para a regulação hídrica e a estabilidade do clima na região.


Inclusão e Sistemas Agroflorestais (SAFs)


Além da restauração florestal, o edital tem como fundamento o fortalecimento da cadeia produtiva e o estímulo à agricultura familiar indígena.



  • Recuperação Produtiva: As ações preveem a recuperação produtiva das áreas degradadas com o uso de sistemas agroflorestais (SAFs), um conceito que visa equilibrar as necessidades humanas com a manutenção da biodiversidade.

  • Conhecimento Tradicional: Cláudia Buzzette Calais, diretora-executiva da Fundação Bunge, destacou que o projeto visa integrar povos tradicionais, que são “detentores de conhecimentos fundamentais para a conservação do meio ambiente”.


Para a Bunge e a Agrícola Alvorada, a parceria reforça o compromisso com o ESG e a economia de baixo carbono. Rossano de Angelis Jr., da Bunge, afirmou que a empresa está integrando sustentabilidade e responsabilidade social em sua estratégia de negócios, enquanto Leandro Wendt, da Agrícola Alvorada, classificou o investimento na regeneração como um “componente estratégico do agronegócio moderno”.


O edital, o 13º do Floresta Viva, já mobilizou R$ 358 milhões e aprovou mais de 80 projetos, reforçando o papel do financiamento verde na conciliação entre conservação e desenvolvimento produtivo no Brasil.


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